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sábado, 30 de junho de 2012

São Paulo usa retrospecto como motivação contra o líder Cruzeiro Tricolor não perde para a Raposa em Campeonatos Brasileiros desde 2004. No geral, história do confronto também dá vantagem aos paulistas

Muito embora o elenco do São Paulo saiba que é duro encarar o líder Cruzeiro neste sábado, em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro, por outro lado o retrospecto anima os tricolores. Tanto na história do confronto quanto contando apenas os números da competição nacional.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Tricolor já fez 43 jogos contra a Raposa. São 23 vitórias, 13 empates e apenas sete derrotas. Para aumentar o impacto desse número, o São Paulo se apoia na história mais recente do confronto pela competição.
A última derrota são-paulina para o Cruzeiro no campeonato nacional foi em 2004 - 1 x 2, no Mineirão. De lá para cá, são nove vitórias do Tricolor e seis empates. Nesse período, o São Paulo foi tricampeão (2006, 2007 e 2008).
Os números gerais do confronto entre São Paulo e Cruzeiro também são favoráveis ao time paulista. Na história, Tricolor e Raposa duelaram 66 vezes, com 30 vitórias do clube do Morumbi, 20 empates e 16 triunfos dos mineiros.
Atualmente, porém, a Raposa vive melhor fase. Atual líder do Brasileiro, a equipe mineira tem 14 pontos e está invicta (quatro vitórias e dois empates). Já o São Paulo, é o oitavo colocado, com nove pontos, tem três vitórias e três derrotas.
O último encontro foi no dia 6 de novembro do ano passado, segundo turno do Brasileirão. O jogo terminou 3 a 3.
treino são paulo (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)São-paulinos praticaram jogadas de bola parada nesta sexta (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Líderes do elenco, Luis Fabiano e Ceni viram alicerces de Milton Cruz Treinador conversa com os atetlas mais experientes para ver qual é a melhor formação da equipe para a partida de sábado, contra o Cruzeiro

Milton Cruz treino São Paulo (Foto: Divulgação / Site oficial do São Paulo)Milton Cruz conversa com os jogadores do Tricolor
(Foto: Divulgação / Site oficial do São Paulo)
No momento em que a fase não é das melhores, nada melhor do que a união para fazer a diferença. É com esse lema que o auxiliar e técnico interino do São Paulo, Milton Cruz, prepara a equipe visando a partida de sábado, contra o Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Com autonomia para montar o time, ele conta com a ajuda de alguns conselheiros importantes na hora de tomar as decisões.
O goleiro e capitão Rogério Ceni é um dos atletas que mais conversam com Milton Cruz, assim como o atacante e capitão substituto, Luis Fabiano. Milton tem por filosofia de trabalho trocar ideias com os atletas mais experientes do elenco para saber o que eles pensam como melhor receita para a equipe.
– Conversei bastante com o elenco. Vou procurar conversar com os que têm liderança, pois não vou salvar o São Paulo sozinho. Vamos ver o que dá para corrigir e usar para que a gente possa sair dessa maré – afirmou o interino.
Em um passado recente, o Tricolor, nas mãos de Milton Cruz, viveu situação parecida. Paulo César Carpegiani havia sido demitido após três derrotas seguidas: Corinthians (0 x 5), Botafogo (0 x 2) e Flamengo (0 x 1). O interino assumiu, o time conseguiu se reerguer e conseguiu vitórias importantes, contra Cruzeiro (2 x 1) e Internacional (3 x 0).
Milton Cruz enche a bola do time mineiro, que se reencontrou nas mãos de Celso Roth. O time tinha fraco desempenho nas mãos de Vagner Mancini, que acabou demitido. Quando o treinador gaúcho assumiu, o time cresceu e hoje ocupa a liderança do Campeonato Brasileiro, com 14 pontos.
– Assisti ao jogo do Cruzeiro contra o Vasco em São Januário e vou assistir a outros. Mas sei que eles têm jogadores rápidos na frente, o Montillo chega como terceiro atacante e marcam forte no meio-campo com três volantes. E ainda jogaram com o Léo, que é zagueiro, na lateral. É um time que marca bastante. Terei que estudá-los – ressaltou.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Luis Fabiano reúne grupo no banco de reservas e 'lava roupa suja' Sem a presença do técnico Emerson Leão, atacante e capitão cobra a melhora imediata da equipe no Campeonato Brasileiro

Luis Fabiano treino são paulo (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)Luis Fabiano comanda conversa no CT tricolor
(Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)
Após dois dias de folga, os jogadores do São Paulo retornaram aos treinos na manhã desta terça-feira ainda de cabeça inchada. Após a eliminação da Copa do Brasil, diante do Coritiba, quarta-feira passada, o Tricolor emendou uma derrota para a Portuguesa, pelo Brasileirão, e mergulhou na crise. Por isso, o atacante Luis Fabianoresolveu reunir o grupo para uma lavagem de roupa suja nesta terça-feira, durante treino da equipe.
Sem a presença do técnico Emerson Leão, o Fabuloso chamou colegas para um dos bancos de reservas e comandou a conversa. Durante 15 minutos, ele gesticulou bastante e cobrou uma reação imediata da equipe no Campeonato Brasileiro. Após a conversa, os atletas voltaram para o treino, sob comando dos preparadores Zé Mário Campeiz e Sérgio Rocha.

A situação do São Paulo na temporada 2012 não é boa. O time foi eliminado no Campeonato Paulista, caiu na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, faz campanha apenas regular, com três vitórias e três derrotas em seis partidas. A situação do técnico Emerson Leão também não é nada confortável. Já existe um consenso sobre sua demissão. Isso só não aconteceu ainda porque não existe nenhum nome de impacto disponível no mercado.

Se perder do Cruzeiro no próximo sábado, em Minas, a equipe acumulará quatro tropeços consecutivos e marcará seu pior início como visitante em Campeonatos Brasileiros.

Leão não resiste a eliminações e é demitido pelo São Paulo Técnico confirma seu desligamento após oito meses à frente do Tricolor. Abel Braga e o português André Villas Boas são nomes cotados

Leão na coletiva do São Paulo (Foto: João Pires / Vipcomm)Leão confirma desligamento do São Paulo
(Foto: João Pires / Vipcomm)
Leão está fora do São Paulo. O treinador não resistiu às eliminações no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil e a um início irregular no Campeonato Brasileiro e foi demitido pela diretoria tricolor nesta terça-feira. O próprio técnico anunciou sua saída, após rápida conversa com o presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
- Quero confirmar que, a partir de agora, não sou mais o técnico do São Paulo. Tive um minuto de conversa com o presidente Juvenal, ele agradeceu pelo meu trabalho e agora cada um segue para o seu lado - disse Leão, em entrevista coletiva nesta terça-feira.
A diretoria agora corre atrás de substitutos. Abel Braga, do Fluminense, é um nome especulado nos bastidores. O português André Villas Boas, ex-Chelsea, também.
As divergências entre Leão e a diretoria tricolor se tornaram públicas depois do episódio Paulo Miranda. No dia 2 de maio, a poucas horas do confronto com a Ponte Preta, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o zagueiro foi barrado pela diretoria já na concentração, a contragosto do treinador.
A passagem do técnico à frente do time do Morumbi, a segunda de sua carreira, durou pouco mais de oito meses. Ele foi contratado no dia 24 de outubro de 2011 e chefiou a equipe em 44 jogos - foram 26 vitórias, seis empates e 12 derrotas. No Paulistão, caiu diante do Santos, na semifinal. Na Copa do Brasil, também na semi, foi eliminado pelo Coritiba. No Brasileirão, três vitórias em casa e três derrotas como visitante em seis jogos.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Torcida são-paulina prepara protesto 'MorumbiZero' para jogo do dia 8 Com nariz de palhaço, membros de organizadas vão protestar contra o time e ainda tentarão convencer os torcedores a nao entrar no Morumbi

Após o protesto feito na partida do último sábado, contra a Portuguesa, a torcida do São Paulo já tem nova data para reclamar da péssima fase da equipe, que foi eliminada no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil e que faz campanha apenas regular no Campeonato Brasileiro, com três jogos e três derrotas em seis partidas disputadas.
Um movimento orquestrado pelas principais torcidas organizadas do São Paulo ganhou o Twitter com o título de “MorumbiZero”. O objetivo é que na partida do próximo dia 8, contra o Coritiba, algoz na Copa do Brasil, todos usem nariz de palhaço do lado de fora do Morumbi. Nenhum integrante dessas torcidas irá entrar no estádio, e o objetivo é convencer até os torcedores comuns.
No jogo do último sábado, contra a Portuguesa, todos os jogadores que estiveram em campo foram hostilizados pelos torcedores. Luis Fabiano, que não atuou diante da Lusa porque estava suspenso, foi um dos mais xingados, assim como o goleiro Denis, o zagueiro Paulo Miranda e o técnico Emerson Leão.
Morumbi (Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)Morumbi vazio. Será assim diante do Coritiba?  (Foto: Marcelo Hazan / Globoesporte.com)

sábado, 16 de junho de 2012

Lucas se prepara para enfrentar o Atlético-MG, sua vítima predileta Contra o Galo, meia-atacante fez primeiro gol como profissional e se mantém invicto. De quebra, completará o 100º pelo São Paulo

Lucas São Paulo (Foto: João Pires/VIPCOMM)Lucas, no CT do Tricolor (João Pires/VIPCOMM)
O momento não poderia melhor para o meia Lucas. Decisivo na complicada partida contra o Coritiba, pela semifinal da Copa do Brasil, quando marcou o gol da vitória por 1 a 0, no estádio do Morumbi, o atleta completará no próximo domingo, na partida contra o Atlético-MG, o seu centésimo jogo pelo Tricolor. O camisa 7 enfrentará sua vítima preferida desde que se tornou um jogador profissional.
Foi contra o Galo mineiro que Lucas marcou seu primeiro gol como atleta profissional, em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro de 2010. Foi o rival em que ele mais balançou as redes adversárias - três. Além disso, ele se mantém invicto diante do Atlético-MG: em quatro partidas,  conquistou quatro vitórias.
– Sem dúvida, é um adversário que traz boas recordações. Tenho bons números, marquei meu primeiro gol como profissional e também no jogo em que o Rogério completou mil jogos. Espero manter essa escrita e sair vencedor no domingo. Esse jogo será muito importante para a nossa equipe, nos dará ainda mais motivação para a partida de quarta, contra o Coritiba – disse Lucas.
O jogador diz que o primeiro passo para o São Paulo vencer o Atlético-MG e continuar sua escalada na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro é esquecer a semifinal da Copa do Brasil.
– Sempre costumo dizer que a próxima partida é a mais importante. O foco tem de estar voltado para o Atlético-MG, será uma partida muito complicada. O fato de ser o meu centésimo jogo me motiva ainda mais para entrar em campo – disse.
Comemoração Lucas, São Paulo x Atlético-MG (Foto: Marcos Ribolli  / Globoesporte.com)Lucas comemora gol contra o Atlético-MG, sua vítima preferida (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Zetti comemora 20 anos do título da Libertadores no gol onde fez história Para o ex-goleiro, defesa no pênalti cobrado pelo argentino Gamboa, em junho de 1992, é a mais importante da carreira e da história do São Paulo

Uma defesa que mudou a história de um clube. No dia 17 de junho de 1992, a grande área do lado do portão principal do Morumbi foi palco do lance que iniciou a transformação do São Paulo em soberano. O zagueiro argentino Gamboa, do Newell’s Old Boys, bateu o pênalti à meia altura, no canto esquerdo de Zetti, que voou para espalmar e iniciar o capítulo mais glorioso da história do Tricolor.
Neste domingo, o primeiro título da Libertadores completa 20 anos. Conquista que não só elevou a equipe a um patamar internacional, mas também mudou a forma como a competição passou a ser encarada no futebol brasileiro. O próprio São Paulo, naquele ano, iniciou o torneio com time reserva para priorizar o Campeonato Brasileiro. A Libertadores levava pouco público ao Morumbi. Terminou com 105 mil pessoas eufóricas no estádio.
zetti são paulo especial (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Zetti repete gesto que fez há 20 anos para pegar último pênalti (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)
Para falar dos 20 anos da conquista histórica, o GLOBOESPORTE.COM levou Zetti de volta ao gol em que marcou época. E o reencontro do jogador com seu território fez sua memória reviver. Ele revelou detalhes e histórias saborosas da campanha tricolor e assegurou que sua defesa no pênalti de Gamboa é a mais importante da história do São Paulo.
- Não tem jeito, foi o primeiro título da Libertadores e levou a todas essas estrelas que temos hoje. Não é a mais difícil, fazemos várias defesas difíceis, mas, de importância, é a maior da minha carreira e da história do clube.
Uma defesa tão importante que Zetti considera ter sido feita a seis mãos. Na semifinal, o Newell’s havia eliminado o America de Cáli (COL) também nos pênaltis, em incríveis 11 a 10. Todos os jogadores cobraram. Bom para o preparador de goleiros do São Paulo, Valdir Joaquim de Moraes, que viajara a pedido do técnico Telê Santana para acompanhar o duelo que decidiria o rival do São Paulo.
Ele voltou com anotações valiosas. Depois de perder por 1 a 0 em Rosário, cidade do Newell’s, os brasileiros se prepararam para decidir o título nos pênaltis. Os cantos escolhidos pelos rivais foram indicados por Valdir de Moraes num pedaço de papel, que ficou nas mãos do goleiro reserva Alexandre, falecido num acidente de carro um mês após a final. No tempo normal, Raí, também de pênalti, fez o gol da vitória e igualou o resultado.
Na hora das cobranças, enquanto todo o time ficou perfilado, Alexandre se isolou dos demais no meio de campo para que Zetti pudesse enxergá-lo. Era ele quem orientava para que canto o titular deveria pular.
- No primeiro eu me desconcentrei. Sempre ficava parado no gol e esperava a iniciativa do batedor, mas saí antes. O Valdir estava atrás do gol e me deu uma dura. Depois passei a confiar no que estava no papel, fiz o que era determinado pelo Alexandre, com gestos. Não errei mais nenhum canto. Um foi para fora, outro na trave e o do Gamboa eu peguei.
Zetti não teve nem cinco segundos para comemorar sozinho. O primeiro a pular em seus ombros foi o atacante Muller, que havia sido substituído por Macedo no segundo tempo e viu a disputa de trás do gol. Depois, a multidão que ocupava o anel inferior do Morumbi. Cerca de 20 mil pessoas invadiram o gramado, e Zetti passou a ser passageiro da emoção da torcida.
- Alguém me colocou nos ombros e eu não ia mais para onde queria. Não tinha ação. Perdi camisa, meia, chuteira... Fiquei só de sunga. Só fui pegar a medalha no vestiário, não vi a comemoração no campo. São imagens marcantes de uma história que eu nem imaginava contar 20 anos depois - relembrou o antigo camisa 1.
Ônibus atrasado e cavalo de pau no avião
A defesa no chute de Gamboa é a consagração de uma trajetória marcada por desconfiança e histórias bem curiosas. Em 1992, o Campeonato Brasileiro foi disputado no primeiro semestre e o São Paulo começou a Libertadores com seu time reserva derrotado por 3 a 0 pelo Criciúma, que havia vencido a Copa do Brasil em 91. Naquela época, o torneio sul-americano tinha times dos mesmos países agrupados na primeira fase. Os brasileiros dividiam o Grupo 2 com os bolivianos San Jose (de Oruro, 3.700 metros de altitide) e Bolívar (da capital La Paz, 3.650m).
Jogar na altitude representava um temor acentuado. Assim que os adversários foram definidos, o preparador físico Moraci Sant’Anna e o fisiologista Turíbio Leite de Barros iniciaram um trabalho com os atletas. Eles corriam na esteira com máscara de oxigênio, e menos ar entrando no organismo. Concluiu-se que o melhor seria chegar ao local 21 dias antes ou então o mais perto possível da partida. Com o calendário apertado, o São Paulo foi para o estádio em cima da hora.
Para desembarcar em Oruro, a delegação ficou em Santa Cruz de la Sierra, que fica a 400 metros acima nível do mar, de onde fretou um avião do exército boliviano, já que grandes aeronaves não faziam o trajeto.
Jogar uma Libertadores é fantástico. Ela não era tão desejada pelos clubes até 1992, mas a nossa conquista foi um marco na história"
Zetti, ex-goleiro do São Paulo
- Era um avião velho, turbo hélice. A cadeira presa por um parafuso, não era muito seguro (risos). Teve gente que passou mal. Quando começamos a avistar a cidade, a montanha estava muito perto e o avião pousou num terreno de cascalho. Quando a rodinha tocou o chão, não se enxergava mais nada, subiu uma nuvem de poeira. Ele ficou meio de lado, deu quase um cavalo de pau. Isso tudo uma hora antes do jogo. Foi uma aventura - contou Zetti.
Na chegada ao vestiário havia 11 balões de oxigênio à espera dos jogadores. Mesmo assim, Macedo passou mal e quase desmaiou quando entrou em campo. Palhinha superou a falta de ar, fez três gols e garantiu a vitória por 3 a 0.
Em La Paz, o trânsito foi o maior inimigo. Quando faltavam dez minutos para começar o jogo, os jogadores estavam parados numa avenida próxima ao estádio e, sem celular na época, não tinham como avisar a Conmebol.
- O Moraci e o Jairo, roupeiro, desceram no meio do trânsito para pegar os calções, chuteiras, meiões... E nos trocamos dentro do ônibus. Descemos prontos, atrasados, tomamos água, não deu tempo nem de fazer oração.
O Bolívar abriu o placar, mas Raí empatou de falta no fim do jogo. Uma das partidas mais difíceis da campanha junto com a derrota por 2 a 0 para o Barcelona (EQU) na semifinal. O Tricolor havia vencido por 3 a 0 no Morumbi e avançou. Para Zetti, esse duelo fez os jogadores acenderem de vez para a chance de conquistar o continente.
- A Libertadores, para mim, vem logo depois da Copa do Mundo. É muito difícil, não tem favorito, é preciso ter raça e vontade antes de tudo. Acho que nasci na hora certa e cheguei ao São Paulo na hora certa. Nosso grupo era fantástico.
zetti são paulo especial (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Zetti visitou Morumbi para relembrar título da Taça Libertadores  (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

São-paulinos comemoram convocação para a Seleção sub-20 João Felipe e Rodrigo Caio foram chamados por Ney Franco para a disputa de um torneio quadrangular na Argentina, no fim do mês

Bruno Cortez e Rodrigo Caio em treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)Rodrigo Caio disputa jogada com Bruno Cortez em
treino do São Paulo (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)
O São Paulo terá dois representantes entre os jogadores que vão defender a seleção brasileira sub-20 em um torneio quadrangular que será disputado na Argentina, a partir do próximo dia 28. Os volantes Rodrigo Caio e João Felipe foram convocados pelo técnico Ney Franco para a disputa da competição, que também contará com as seleções de Uruguai e Chile, além dos donos da casa.
Capitão da equipe brasileira durante a conquista do Torneio 8 Nações, no início do mês, João Felipe comemorou mais uma chance na equipe e espera repetir o bom desempenho com a camisa do Brasil. Na ocasião, o jogador conquistou o título disputado na África do Sul.
- Fiquei muito feliz por estar entre os 18 jogadores para defender o país na Argentina. Espero estrear bem na competição e ser campeão novamente. Vou dar o meu melhor no futebol para conseguir mais uma conquista brasileira. Agradeço ao treinador pela confiança no meu trabalho e vamos trabalhar bastante em busca de mais um título - declarou o meio-campista.
Já Rodrigo Caio, que nesta temporada chegou até a atuar com o técnico Emerson Leão improvisado como lateral-direito, festejou sua primeira oportunidade nas categorias de base da seleção brasileira.
- Foi uma alegria enorme ser convocado. É muito gratificante saber que todo o esforço no dia a dia de treinos está sendo visto e recompensado. Será a primeira vez que vivenciarei o ambiente de Seleção e vou aproveitar ao máximo. Sempre sonhei com isso e quero mostrar que posso seguir no grupo até o Sul-Americano e o Mundial no ano que vem - disse o volante.

Lucas: 'Gol contra o Coritiba foi o mais importante da minha carreira' Meia-atacante não quer saber de descanso e se coloca à disposição de Leão para a partida de domingo, contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão

Herói da vitória por 1 a 0 sobre o Coritiba, no estádio do Morumbi, pela Copa do Brasil, o meia-atacante Lucas marcou na última quinta-feira o seu 25º gol como jogador profissional do São Paulo. Nessa lista, existem golaços como os marcados contra Santos e Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro, e Mirassol, pelo Paulistão. Porém, o camisa 7 não hesita em apontar o tento feito contra o Coxa como o principal de sua carreira profissional que completa dois anos em 2012.
– Eu já marquei gols bonitos, mas sem dúvida, o contra o Coritiba foi o mais importante da minha carreira. Era um jogo decisivo, estávamos com um jogador a menos e a partida estava muito complicada. Pude fazer uma jogada individual e marcar um gol que nos deixou em vantagem. Espero que ainda possa fazer outros como esse.
Eu já marquei gols bonitos, mas sem dúvida, o contra o Coritiba foi o mais importante da minha carreira"
Lucas
O que deixou Lucas mais feliz foi que no início da semana, quando concedeu entrevista coletiva, não escondia a sua preocupação em fazer uma grande partida, até porque sabia de sua importância para o time e de que certamente seria cobrado pela torcida.
– Como eu disse, eu sei da minha importância para o time. Fico feliz por fazer gols em jogos decisivos porque sou um cara que não marca muitos, entro mais preocupado em fazer a jogada individual e abrir espaço e dar passes para os meus companheiros. Demos o primeiro passo rumo à final, mas ainda falta o jogo de volta, em Curitiba.
Com 20 anos, o garoto não quer saber de descanso no fim de semana, quando a equipe enfrentará o Atlético-MG, às 16h, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Ele ficou fora do time por estar servindo à Seleção em quatro amistosos.
– Será difícil eu pedir para ficar fora de algum jogo. Eu me divirto ao jogar futebol, faço o que eu amo e quero estar sempre ajudando meus companheiros. Se o Leão precisar de mim, estou pronto para entrar em campo no domingo.
Lucas São Paulo (Foto: João Pires/VIPCOMM )Lucas fala com jornalistas no CT da Barra Funda, nesta sexta-feira (Foto: João Pires/VIPCOMM )

Sem descanso, são-paulinos buscam foco para o jogo com o Atlético-MG Meta do elenco é conseguir esquecer a semifinal da Copa do Brasil, contra o Coritiba, para pensar no duelo válido pelo Campeonato Brasileiro

rhodolfo são paulo Rhodolfo (Foto: João Pires/VIPCOMM)Rhodolfo pede São Paulo focado também no
Campeonato Brasileiro (Foto:João Pires/VIPCOMM)
Os jogadores do São Paulo jamais vão admitir publicamente. Mas, a exemplo do que acontecerá com seus colegas de Corinthians e Santos, equipes que também estão envolvidas com outras competições além do Campeonato Brasileiro, eles sonhavam com um descanso na rodada do fim de semana, quando o Tricolor terá o Atlético-MG de Ronaldinho Gaúcho pela frente. Mas, como o técnico Emerson Leão já deixou claro que ninguém terá descanso, os atletas terão dois desafios pela frente em apenas dois dias: esquecer a semifinal da Copa do Brasil, contra o Coritiba, e tentar recuperar a parte física.
O atacante Luis Fabiano reconheceu que as tarefas não são fáceis, mas que o time tem obrigação de entrar focado no final de semana.
– É difícil jogar totalmente focado, mas temos de fazer o nosso papel contra o Atlético-MG. É outro campeonato, serão três pontos importantes e não podemos vacilar. Entrando com o foco 90% ou 110%, é nossa obrigação buscar a vitória – disse o Fabuloso.
O São Paulo atualmente ocupa a sétima posição na tabela, com seis pontos conquistados em quatro partidas. Para Rhodolfo, enquanto o time dividir a atenção entre duas competições, o segredo será somar o maior número de pontos possíveis para ficar entre os primeiros.
– Não podemos esquecer o Brasileiro porque senão fica difícil recuperar lá na frente. Hoje todo mundo está cansado, o que é absolutamente normal, até pelo que foi a partida, nos esforçamos demais, principalmente a partir do momento em que ficamos com dez jogadores. Tem de esquecer o Coritiba e voltar o pensamento apenas para o Atlético-MG – ressaltou o defensor.
Luis Fabiano diz que a superação que existiu no jogo contra o Coritiba não poderá faltar no final de semana.
– São apenas dois dias para recuperação e, quando isso acontece, é normal a perna ficar um pouco pesada. Mas tem de passar por cima de tudo. A filosofia do clube é usar todo mundo e temos de entrar em campo buscar o resultado. Mesmo com descanso ou não, o risco de lesão existe – afirmou.

Fabuloso alerta: 'Para conquistar a vaga, vamos ter de jogar muita bola' Atacante reconhece que time não fez boa partida no Morumbi, mas enaltece a raça de todos, principalmente após a expulsão de Paulo Miranda

Luis Fabiano, do São Paulo, treina no CT (Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)Luis Fabiano, do São Paulo, treina no CT
(Foto: Luiz Pires/VIPCOMM)
A vitória por 1 a 0 na última quinta-feira, no estádio do Morumbi, deixou o São Paulo em vantagem sobre o Coritiba na disputa por uma vaga na final da Copa do Brasil. Na próxima quarta-feira, no estádio Couto Pereira, a equipe entrará em campo com três resultados que lhe servem: vitória, empate ou derrota por um gol, desde que balance as redes adversárias pelo menos uma vez. Mas, apesar dos números serem favoráveis, o futebol apresentado pela equipe deixou os jogadores com uma certeza: para voltar do Paraná com a vaga, será preciso jogar mais futebol.
– Vamos ter de jogar muita bola. Lá vai ser outra história, o Coritiba dentro de sua casa é muito perigoso. Mesmo que tivéssemos vencido por 2 a 0, não teríamos facilidade. No meu entender, só vamos conquistar a classificação se marcarmos um gol fora de casa. Por isso, cada um vai ter de dar um pouco mais de si – alertou o atacante e capitão da equipe, Luis Fabiano.
Outro líder do elenco, o zagueiro Rhodolfo, seguiu pela mesma linha de raciocínio.
– Eu joguei várias vezes no Couto Pereira e sei o quanto a torcida deles empurra, ainda mais em jogo decisivo. A experiência será fundamental. Não fizemos uma grande partida no Morumbi, mas conseguimos levar vantagem na base da raça, da superação. Isso fez a diferença e não poderá faltar na quarta-feira. Tem de entrar dando o máximo, não pode vacilar – ressaltou o defensor.
Luis Fabiano reconheceu que a equipe tem pontos que precisam ser acertados.
– Acho que nossa movimentação, em alguns momentos, deixa espaço para os adversários. A gente tem trabalhado forte sempre em prol do conjunto mas, por circunstâncias da partida, acaba saindo da posição e desorganizando. Mesmo assim, é preciso ressaltar que estamos conquistando as vitórias – disse.
Antes do Coritiba, a equipe terá de mudar o foco e voltar a pensar no Campeonato Brasileiro. No domingo, novamente no estádio do Morumbi, o adversário será o Atlético-MG de Ronaldinho Gaúcho, em duelo válido pela quinta rodada. Atualmente, o Tricolor ocupa a sexta posição na tabela, com seis pontos, fruto de duas vitórias e duas derrotas.

Casemiro volta 'desconectado' da Seleção, e Leão estuda usar Fabrício Jovem volante teve fraca atuação contra o Coritiba e pode perder vaga

Quando assumiu o São Paulo, em outubro do ano passado, o técnico Emerson Leão tinha como missão acabar com as vaidades dentro do clube. E, logo de cara, um dos seus principais alvos foi o volanteCasemiro, cria das categorias de base que, segundo os dirigentes do Tricolor, estava "deslumbrado com a fama".
Leão teve trabalho, barrou o jogador do time titular e, com muita conversa, conseguiu fazer o volante crescer de rendimento. O meio-campista começou a se destacar, tanto que foi convocado pelo técnico Mano Menezes para os amistosos da seleção brasileira nos Estados Unidos e na Europa.
Casemiro não foi titular em nenhuma partida, mas esteve em campo nos amistosos contra Estados Unidos, México e Argentina. Retornou no último domingo e, alegando estar sem condições, não entrou em campo contra o Santos, ao contrário de Lucas, que pediu para jogar.
Na última quinta, contra o Coritiba (veja os melhores momentos do jogo no vídeo acima), começou como titular, mas teve péssima atuação. Acabou sendo sacado no intervalo por Leão que, após o jogo, disse que terá trabalho com o jogador.
– Ele (Casemiro) voltou desconectado da Seleção. Não tem problema, vamos conectá-lo novamente. No primeiro tempo, já dava para perceber que a postura dele não mudaria. Mas esperei até o intervalo e mexi. Vamos conversar, orientar, fazer o que for preciso para que ele possa recuperar o foco – afirmou o treinador são-paulino.
O que incomodou Leão não foram os passes errados e sim, o excesso de firulas em campo. Em dois lances no primeiro tempo, Casemiro tentou fazer recuos com o peito e errou, o que irritou os pouco mais de 40 mil são-paulinos que foram ao Morumbi. E o jogador, se não reagir rapidamente, corre até o risco de perder sua vaga na equipe titular.
Isso porque Fabrício, recuperado de lesão na panturrilha esquerda, que o deixou afastado dos gramados por dois meses, já ficou no banco de reservas contra o Coritiba e deverá ser titular no final de semana, contra o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro, pois Denilson está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. E, como o jogo de volta contra o Coritiba será no Paraná, Leão pode optar pela experiência e pelo maior vigor do ex-jogador do Cruzeiro, deixando Casemiro no banco.
Casemiro do São Paulo na partida contra o Coritiba (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)Casemiro teve péssima atuação contra o Coritiba (Foto: Wander Roberto / Vipcomm)

Leão não quer saber de descanso, e titulares vão enfrentar o Atlético-MG Mesmo com o decisivo jogo de quarta-feira, contra o Coritiba, treinador quer ver o time subindo na classificação do Brasileirão

Leão no treino do São Paulo (Foto: João Pires / Vipcomm)Leão: 'Não vou abrir mão de nada. Precisamos subir
na tabela' (Foto: João Pires / Vipcomm)
O técnico do São Paulo, Emerson Leão, não quer saber de dar moleza aos jogadores. A equipe enfrentou o Coritiba na noite de quinta-feira pela semifinal da Copa do Brasil e terá o decisivo jogo de volta na próxima quarta, no estádio Couto Pereira. No entanto, o treinador não dará descanso a ninguém na partida do próximo domingo, contra o Atlético-MG, marcada para o estádio do Morumbi, a partir das 16h, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
- Não vou abrir mão de nada. Precisamos ganhar, subir na tabela, melhorar o nosso índice. Eu poupo de treino, mas não poupo de jogo - afirmou o comandante são-paulino.
A postura é bem diferente da de seus colegas Tite (Corinthians) e Muricy Ramalho (Santos), que também estão envolvidos em outras competições e que, por isso, devem mandar formações reservas a campo no final de semana - Luiz Felipe Scolari indicou que o Palmeiras titular deve entrar em campo pelo nacional.
A teoria de Leão, porém, não foi aplicada pelo treinador nesta semana. Todos os principais jogadores do elenco trabalharam forte durante a semana. Na terça-feira, houve um coletivo que durou aproximadamente uma hora e meia. Na quarta, véspera da partida contra o Coritiba, quando normalmente ocorre um treino leve seguido de rachão, o treinador comandou um novo coletivo, com a duração de 45 minutos.
Nem mesmo Rhodolfo, que ficou 16 dias parado por causa de um edema na panturrilha, deve ganhar um descanso. O defensor voltou ao time no último domingo, contra o Santos, sentiu a coxa direita, fez tratamento intensivo e jogou contra o Coritiba.
- O que sei é que tenho um bom diálogo com o Rhodolfo, que é mais delicado e leva mais tempo para recuperar. Mas tenha certeza de que até domingo ele vai estar pronto - ressaltou o técnico.
O único que ganhara descanso será o volante Denilson, que levou o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão automática. Ele deverá ser substituído por Fabrício.