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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Com R$ 15 mi, São Paulo elogia agente e vê Oscar como filho pródigo

Em 2010, Giuliano Bertolucci se tornou persona non grata no São Paulo por ir à Justiça para tentar tirar Oscar e outros atletas do clube.
Há poucos meses, os dirigentes insistiam na tese de que o meia era mal orientado. Porém, bastou o acordo que valeu R$ 15 milhões ao Tricolor para o empresário virar “cordial” e ser criado até o sonho da volta do atleta ao Morumbi.
“Quem sabe no futuro ele volte para onde nunca deveria ter saído?”, cogitou o diretor de futebol Adalberto Baptista, elogiando também Bertolucci, antes colocado como responsável pelas ações que o lateral esquerdo Diogo e os atacantes Henrique e Lucas Piazon moveram – e retiraram – contra o São Paulo e de quem Casemiro preferiu se afastar para não ser prejudicado.
“Neste final de negociação, são elogiáveis o Bertolucci e o advogado André Ribeiro por terem sido cordiais e proativos. Não tenho nada para dizer o contrário, só para elogiar suas condutas”, enalteceu Baptista, tentando minimizar os conflitos dos últimos anos. “Sei que houve problema no passado, mas desde que assumi no futebol, e mesmo enquanto estava no marketing, nunca tive nenhum tipo de problema com ele.”
As últimas semanas, quando o Tricolor resolveu aceitar R$ 15 milhões para deixar Oscar livre, mudaram a má impressão que o jogador e seus representantes haviam deixado. O meia se tornou o filho pródigo, parábola bíblica na qual um rapaz abandona o pai, gasta seu dinheiro e volta bem recebido para casa.
Rafael Ribeiro/CBF
São Paulo agora deseja sorte ao antes "ingrato" jogador - clube lucrará também em futura venda do meia
“O que agradou foi a postura do atleta e seus representantes nestes últimos dias, manifestam a vontade de rescindir, o que é o direito de todos que assinam um contrato. E ainda indenizaram o São Paulo”, comemorou Adalberto Baptista.
O jogador, há dois meses, se manifestou através de seu advogado, André Ribeiro, alegando preferir não entrar em campo do que retornar ao clube que o formou, mas o Tricolor está de braços abertos para tê-lo no futuro.
“A vontade maior do São Paulo era o retorno do Oscar e até achávamos que poderíamos estar contando com ele agora, tem muitos amigos aqui, muitos formados com ele em Cotia. Com certeza ele terá uma carreira brilhante pela frente”, apostou, até tentando mostrar lamentação por não ter o armador.
“Sabemos que não podemos comprar alguém do nível do Oscar por esse valor (R$ 15 milhões), não dá. Mas temos que nos considerar satisfeito. Queremos agora que ele tenha o maior êxito possível na carreira e siga podendo exibir seu talento”, disse o diretor de futebol, lembrando que o São Paulo terá direito a cerca de 3,7% do valor de uma futura negociação do antes “ingrato” meia.
Gazeta Esportiva

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