Em 2010, Giuliano Bertolucci se tornou persona non grata no São Paulo por ir à Justiça para tentar tirar Oscar e outros atletas do clube.
Há poucos meses, os dirigentes insistiam
na tese de que o meia era mal orientado. Porém, bastou o acordo que
valeu R$ 15 milhões ao Tricolor para o empresário virar “cordial” e ser
criado até o sonho da volta do atleta ao Morumbi.
“Quem sabe no futuro ele volte para
onde nunca deveria ter saído?”, cogitou o diretor de futebol Adalberto
Baptista, elogiando também Bertolucci, antes colocado como responsável
pelas ações que o lateral esquerdo Diogo e os atacantes Henrique e Lucas
Piazon moveram – e retiraram – contra o São Paulo e de quem Casemiro
preferiu se afastar para não ser prejudicado.
“Neste final de negociação, são
elogiáveis o Bertolucci e o advogado André Ribeiro por terem sido
cordiais e proativos. Não tenho nada para dizer o contrário, só para
elogiar suas condutas”, enalteceu Baptista, tentando minimizar os
conflitos dos últimos anos. “Sei que houve problema no passado, mas
desde que assumi no futebol, e mesmo enquanto estava no marketing, nunca
tive nenhum tipo de problema com ele.”
As últimas semanas, quando o Tricolor
resolveu aceitar R$ 15 milhões para deixar Oscar livre, mudaram a má
impressão que o jogador e seus representantes haviam deixado. O meia se
tornou o filho pródigo, parábola bíblica na qual um rapaz abandona o
pai, gasta seu dinheiro e volta bem recebido para casa.
Rafael Ribeiro/CBF
São Paulo agora deseja sorte ao antes "ingrato" jogador - clube lucrará também em futura venda do meia
“O que agradou foi a postura do atleta e seus representantes nestes
últimos dias, manifestam a vontade de rescindir, o que é o direito de
todos que assinam um contrato. E ainda indenizaram o São Paulo”,
comemorou Adalberto Baptista.
O jogador, há dois meses, se manifestou
através de seu advogado, André Ribeiro, alegando preferir não entrar
em campo do que retornar ao clube que o formou, mas o Tricolor está de
braços abertos para tê-lo no futuro.
“A vontade maior do São Paulo era o
retorno do Oscar e até achávamos que poderíamos estar contando com ele
agora, tem muitos amigos aqui, muitos formados com ele em Cotia. Com
certeza ele terá uma carreira brilhante pela frente”, apostou, até
tentando mostrar lamentação por não ter o armador.
“Sabemos que não podemos comprar alguém
do nível do Oscar por esse valor (R$ 15 milhões), não dá. Mas temos
que nos considerar satisfeito. Queremos agora que ele tenha o maior
êxito possível na carreira e siga podendo exibir seu talento”, disse o
diretor de futebol, lembrando que o São Paulo terá direito a cerca de
3,7% do valor de uma futura negociação do antes “ingrato” meia.
Gazeta Esportiva
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